Em outubro, o ambiente econômico foi marcado por sinais de moderação da atividade, com continuidade do arrefecimento inflacionário, desaceleração do ritmo de geração de empregos e fortalecimento das expectativas de início do ciclo de flexibilização monetária a partir do primeiro trimestre de 2026. Esse conjunto de elementos sustentou um aumento do apetite por risco, contribuindo para a valorização de 2,26% do mercado acionário brasileiro no período.
No cenário político doméstico, observou-se recuperação gradual da popularidade do Presidente da República, impulsionada pela inflação mais baixa, pelo destaque a pautas de soberania nacional e pela ampliação de programas sociais e iniciativas voltadas à justiça tributária. Nesse contexto, a proposta de isenção do Imposto de Renda para rendas de até R$ 5 mil foi aprovada pela Câmara dos Deputados sem alterações. Adicionalmente, o encontro entre o presidente Lula e o ex-presidente Donald Trump foi bem recebido pelo mercado, abrindo perspectivas para avanços em potenciais acordos bilaterais.
Nos EUA, o Federal Reserve promoveu um corte de 0,25% na taxa básica de juros, movimento que, aliado ao otimismo em relação aos resultados corporativos do terceiro trimestre, sustentou o sentimento positivo nos mercados. Entretanto, o tom mais prudente adotado pelo presidente Jerome Powell em sua comunicação — indicando que um novo corte em dezembro não é um cenário assegurado — surpreendeu parte dos agentes econômicos, resultando na abertura das curvas de juros globais e na valorização do dólar.
No campo geopolítico, tensões relacionadas à possibilidade de elevação de tarifas pelos Estados Unidos, em resposta às novas restrições chinesas às exportações de terras raras, adicionaram volatilidade aos mercados globais. Contudo, após a reunião entre os líderes dos dois países na Coreia do Sul, foi anunciado um acordo que reduziu a tarifa efetiva sobre bens chineses, em troca da suspensão das restrições às exportações de terras raras e do compromisso de aumento das compras de soja, contribuindo para a redução das incertezas no curto prazo.
Por fim, o Plano Prever registrou rentabilidade de 1,26% em outubro, impulsionada pelo desempenho dos fundos multimercados e de renda variável, que foram favorecidos pelo ambiente de maior propensão ao risco e pela perspectiva de início do ciclo de cortes da taxa de juros a partir de 2026.
Confira a seguir o resultado acumulado do ano de 2025.
